PROSSIGAMOS

“Irmãos, quanto a mim não julgo que o haja alcançado; mas, uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das ciosas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim...” – Paulo
(Filipenses, 3:13.)

Se te mobilizas na estrada, a pretexto de amarguras acumuladas ou de ofensas recebidas lembra-te de Paulo, o apóstolo intrépido, que, sobrecarregado de problemas, não se resignava a interromper o trabalho que o Mestre lhe conferira.

O amigo providencial da gentilidade não se entretinha a escutar os remorsos que trazia do seu tempo de adversário e perseguidor  do Evangelho.

Não lamentava os amigos descrentes da renovação de que fornecia testemunho.

Na se queixava dos parentes que o recebiam, empunhando o azorrague da expulsão.

Não se detinha para lastimar a alteração dos afetos que a incompreensão azedara no vaso do tempo.

Não cultivava a volúpia da solidão porque lha faltasse a benção do tálamo doméstico.

Não se fixava nos espinhos que lhe ferreteavam a alma e a carne, não obstante reconhecer-lhes a existência.

Não parava com o objetivo de reclamar contra as pedradas do caminho.

Não se concedia férias de choro inútil, ante as arremetidas do mal.

Não se demorava na rede dos elogios, sob o fascínio da ilusão.

Não se cristalizava nos próprios impedimentos.

Seguia sempre na direção do alvo que lhe cabia atingir.

Assim, também nós, endividados ou pecadores, pobres ou doentes, fracos ou inábeis, desiludidos ou torturados, uma coisa façamos... Acima de todos os tropeços e inibições, prossigamos sempre para diante, olvidando o mal e fazendo o bem.

(Extraído do livro Palavras de Vida Eterna, lição nº 34, de Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel)

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