Judith Xavier Garuzi

Simples, honesta e humilde; modesta e sincera foi incansável divulgadora da Doutrina Espírita.

Como Presidente da UDEB (União Distrital Espírita de Bangu), tudo fez para que as Casas Espíritas se comprometessem com o programa de Unificação, proposto pelo Pacto Áureo, em 1949, da Federação Espírita Brasileira.

Judith Xavier Garuzi nasceu no dia 28 de novembro de 1926, no Rio de Janeiro, filha de Francisco Garuzi e D. Nair Xavier Garuzi.

Não chegou a terminar o Curso Primário; precisava ajudar a manutenção da família.

Quatorze irmãos, dos quais seis eram adotivos.

Trabalhou na Fábrica de Bangu alguns anos, por sua inteira decisão, providencial, porém, naquela emergência familiar.

Aos cinco anos de idade foi matriculada na Escolinha de Moral Cristã do Centro Espírita "Jesus, Maria e José", sendo a sua evangelizadora a inesquecível ‘Tia Zuzú’, pois toda a família era espírita.

Na juventude, o ardoroso confrade Francisco Garuzi, seu pai, foi eleito Presidente do Grêmio Espírita "Guias Celestes", no Realengo, onde ela participou da Mocidade Espírita, exercendo diversas tarefas, inclusive como professora de alfabetização de crianças e adultos.

Tomou parte ativa em diversos Congressos, inclusive no 1º congresso de Mocidades Espíritas do Brasil, em julho de 1948. Participou de outros eventos, como Simpósios, Semanas Espíritas, Cursos etc.. Judith Garuzi resolveu transferir-se para Porto Alegre (RS), quando se agregou à Instituição Espírita "Amigo Germano", no setor assistencial a famílias carentes, onde trabalhou por um período de cinco anos.

Retornado ao Rio de Janeiro, voltou ao "Jesus, Maria e José", onde desempenhou diversas atividades, inclusive de redatora do Jornal "Sol Nascente" ao lado de Wilson Longobucco.

Interessou-se pelo Movimento de Unificação, participando da então Liga Espírita do Estado do Rio de Janeiro, atual União das Sociedades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro (USERJ), quando foi eleita Presidente da UDEB "União Distrital Espírita de Bangu".

A partir daí o seu trabalho foi ainda mais dinâmico.

O Movimento Espírita de Bangu ganhou nova vida.

Depois de um dia de trabalho, chegando quase à exaustão, recolhia-se ao seu quarto para a leitura do Evangelho.

Muito amparada pelos Amigos Espirituais, recebia o estímulo para continuar nas tarefas do Bem.

Teve algumas visões do passado e compreendeu o porquê dos problemas do presente.

Dedicou-se com muito carinho à Evangelização Infanto-Juvenil, incentivando o gosto artístico pelo canto, poesia, teatro, jornalismo, alcançando grande êxito.

Na década de 1970, aproximou-se da Ação Cristã "Vicente Moretti", sob a direção de Aurino Costa e D. Santa.

Como se sabe, a ACVM, abriga crianças paralíticas e excepcionais.

Em virtude das suas múltiplas tarefas, quase chegou à exaustão física, parou em pouco tempo.

Em 1977, foi consultada sobre a possibilidade de evangelizar as crianças deficientes.

Com o seu amor às crianças e prática na evangelização conseguiu grandes progressos em sua tarefa.

Era emocionante, quando ela, Aurino e Otávio do Rosário, de mãos dadas, elevavam o pensamento em prece a Jesus, rogando abençoasse aqueles momentos.

Certa vez Judith Garuzi foi convidada a participar de uma Juventude Evangélica.

A palavra lhe foi oferecida e sua explanação emocionou a todos.

Falando sobre um tema evangélico, sem tocar em religião, foi convidada a voltar sempre.

O pastor agradeceu sua presença dizendo que a Igreja se sentia honrada em tê-la como convidada.

Judith Xavier Garuzi desencarnou no dia 13 de junho de 1979, vítima de um enfarte do miocárdio.

Deixou imorredoura saudade no Movimento Espírita.

Em 1992, pela mediunidade de Altivo Caríssimi Panphiro e de Lúcia Moreira, no Centro Espírita "Léon Denis", foi revelado que ela e o Aurino Costa estavam orientando a tarefa de Evangelização nas Instituições de Bangu.

 


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