Francisco Carlos de Oliveira


Francisco Carlos de Oliveira, nasceu a 5 de fevereiro de 1924 na cidade de Tauá, Ceará, sendo seus pais Joaquim Carlos de Oliveira e Luíza Carlos de Oliveira. Estudou na Escola Fazenda de Tauá de onde saiu com o diploma de Técnico Rural, exercendo as atividades de comerciário. Vindo para Fortaleza, por indicação de um amigo, passou a trabalhar no jornal "Gazeta de Notícias", em 1940, onde labutou por oito anos, até conhecer José Meireles que o colocou como correspondente em sua firma - Armazém Humaitá -, depois, tornando-o sócio, até 1980, quando desligou-se completamente.

Em 1948, no dia 26 de outubro, contraiu matrimônio com D. Ivani Cabral de Oliveira, tendo quatro filhos: Levi (já desencarnado), André Luiz, Joana D'Arc e Allan Kardec.

Na redação da "Gazeta" conheceu Humberto Cruz com quem manteve discussões acerca do problema religioso, vez que à época freqüentava uma igreja evangélica e não admitia o contato com os chamados "mortos". Humberto, um dia, desafiou-o a assistir uma reunião espírita em um Centro existente no bairro do Campo do Pio, onde passou a interessar-se pelo Espiritismo.

Lá, conheceu Olívio Silva passando a ter interesse pelas reuniões realizadas no C.E. Francisco de Assis, que funcionava na rua Barão do Rio Branco, sendo apresentado a Milton Borges que o pôs em contato com a Confederação Espírita Cearense, em 1948.

Na Confederação Espírita Cearense, depois União Espírita Cearense passou a exercer as funções de secretário até 1955, quando foi nomeado por José Borges dos Santos, diretor do Departamento de Juventude. Colaborou em diversos jornais espíritas, inclusive de Portugal. Esteve na Argentina, representando o movimento espírita brasileiro. Apesar de não estar representando a FEB, trouxe correspondência dirigida a Wantuil de Freitas - presidente da FEB - agradecendo sua presença na Confederação Espírita Argentina.

Em entrevista ao jornal GAZETA ESPÍRITA (N.º 8 - Novembro/Dezembro/2000), lembrou fatos importantes de sua vida relacionados ao movimento, recordando nomes como Cândido Meireles, Honor Torres, Manuel Monteiro, Marsulo Melo, Mário Ciarlini, Izaías Ponte e muitos outros trabalhadores e colaboradores do movimento espírita, principalmente pessoas humildes, mas vontadosas.

Depois de muita dedicação ao Movimento Espírita, após inúmeros trabalhos realizados, Chico Carlos passou os últimos anos de sua vida terrena afastado do movimento, por força de suas condições de saúde, preso a uma cadeira de rodas, conseqüência da diabetes, que o obrigou a amputar uma das pernas.

Em sua residência, na Av. da Universidade esperava sempre solícito, a visita de seus amigos e confrades, apesar de quase esquecido por todos aqueles a quem muito amou. No dia 13 de março de 2001, ocorreu a sua desencarnação, tendo seu corpo físico sido sepultado no cemitério da cidade que o viu nascer, nos sertões dos Inhamuns - sua sempre querida Tauá.

 

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